Todo empresário sabe que não existe mágica na hora de abrir e manter uma empresa, por isso ter dinheiro é indispensável para fazer o negócio girar, certo? A quantidade, porém, vai depender da necessidade que o seu negócio apresentar. A essa quantia damos o nome de capital de giro. E é sobre ele que vamos falar no artigo de hoje. Siga com a gente e tire suas dúvidas sobre mais essa ferramenta de gestão financeira.
O que é capital de giro
O capital de giro corresponde ao dinheiro que faz a empresa acontecer e o negócio girar, como o próprio nome indica. É esse montante que assegura, por exemplo, que haja condições de comprar matéria-prima para a produção na indústria, mercadorias para a revenda no comércio ou ferramentas para a execução de serviços, além do pagamento de impostos, salários e outras despesas operacionais.
É também o valor que possibilita as vendas a prazo. Quando o cliente leva o produto ou usufrui do serviço, mas paga depois, isso gera um déficit de recursos temporário no caixa, porém os resultados negativos são justificáveis. É por isso que, se não há capital de giro, a continuidade das operações é comprometida ou mesmo interrompida.
Até aqui está fácil entender a importância do capital de giro para a empresa. Mas precisamos ir um pouco além e abordar o conceito de capital de giro líquido (CGL). Primeiro, as semelhanças: os dois levam em consideração o ativo circulante e o passivo circulante da empresa, formados por receitas e despesas financeiras e operacionais.
A diferença é que o capital de giro se restringe àquilo que está relacionado com a operação da empresa, excluindo, por exemplo, o seu saldo disponível (ativo) e empréstimos (passivos), que entram na conta do capital de giro líquido. Assim, o CGL corresponde ao valor necessário para que o empreendedor honre todos os seus compromissos financeiros no curto prazo.
Fórmula do capital de giro
Na maioria dos negócios, as despesas costumam acontecer primeiro. Por isso, é essencial calcular e descobrir quanto a empresa precisa para não correr riscos. A necessidade de capital de giro varia conforme o ciclo de caixa. Além dos valores envolvidos, quanto mais ela demorar a receber (vendas a prazo), mais longo será o ciclo e maior será a demanda por recursos para custear a operação.
É comum que o capital de giro corresponda a até 60% do total de ativos. Por isso, caso você identifique que haverá falta de recursos, precisará começar a pensar em cortes nas despesas, redução da inadimplência, renegociação de dívidas e, talvez, em recorrer a empréstimos, comprometendo futuros ganhos com os juros cobrados pelos bancos.
Por isso a importância de saber calcular o capital de giro líquido, que o resultado da subtração dos valores relativos ao ativo circulante pelos valores do passivo circulante, sendo representado pela seguinte fórmula: CGL = AC – PC. Tendo como exemplos de ativos circulantes dinheiro em caixa, dinheiro em bancos e contas a receber. E como exemplos de passivos circulantes os fornecedores, o contas a pagar e a folha de pagamento.
O resultado da conta CGL = AC – PC representa em que medida o passivo circulante financia o ativo circulante. A busca deve ser sempre pelo equilíbrio entre risco e rentabilidade. Ao conhecer o seu capital de giro líquido, o gestor pode avaliar melhor o seu planejamento estratégico e conseguir boas informações para definir com mais clareza sua política de preços, compras e prazos de recebimentos.
O que é capital de giro próprio?
Como o nome sugere, é a capacidade que uma empresa possui para financiar seu ciclo operacional com recursos próprios e não de terceiros. Seu cálculo considera a diferença entre o patrimônio líquido e o ativo permanente. Para chegar ao resultado, é preciso entender os seguintes conceitos:
- Patrimônio líquido: representa a riqueza efetiva da empresa, figurando no balanço patrimonial como um passivo não exigível. Nessa categoria, por exemplo, estão os valores investidos no negócio, os lucros gerados e que aguardam a distribuição entre os sócios, além de reservas de valores.
- Ativo permanente: representa bens e direitos de permanência duradoura e de difícil liquidez, mas que são utilizados na operação do negócio. São classificados como imobilizados, investimentos, intangíveis e diferidos.
Quando a conta tem saldo positivo significa que todo o ativo permanente e não circulante foi financiado com recursos próprios e há ainda valores disponíveis para outras aplicações. Se o saldo foi negativo, indica capital de giro próprio insuficiente, exigindo recursos de outra natureza para completar seu financiamento.
Falar de capital de giro não é algo simples, pois envolve bastante detalhes e mexe com as finanças de um negócio. Por isso que, na dúvida, o mais indicado é procurar por um profissional que está acostumado com os números e conhece como ninguém o mercado: contador.
Hoje, muitos profissionais contábeis já oferecem serviços de contabilidade estratégica, cujo principal objetivo é auxiliar na conservação e valorização da área financeira das empresas. Para saber mais, entre em contato com a nossa equipe para conversarmos mais sobre o assunto. Se preferir, deixe um comentário no espaço abaixo.
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