Recuperação judicial: entenda o que é e como evitá-la

Mudanças de mercado, forte concorrência, crises econômicas, falta de atenção e erros nas tomadas de decisões da administração de uma empresa. Esses são alguns dos motivos pelos quais uma pessoa perde as rédeas de seu negócio e acaba recorrendo à recuperação judicial, visando fugir dos riscos que podem levar à falência.

Provavelmente você já ouviu falar sobre essa alternativa, não é verdade? Afinal, grandes corporações já figuraram nos noticiários por conta disso. Mas o que significa, efetivamente, pedir recuperação judicial e por que é importante falarmos sobre este tema? São essas perguntas que responderemos neste artigo. Acompanhe!

O que significa pedir recuperação judicial

Recuperação judicial é um processo que tem como intuito reestabelecer a ordem, promovendo a retomada da organização econômica, administrativa e financeira de uma empresa, evitando que ela chegue a falir. Uma empresa recorre a esse tipo de ação quando há um endividamento e a impossibilidade de geração de lucro suficiente para cumprir suas obrigações, como pagar credores, fornecedores, funcionários e impostos.

A negociação de um plano de recuperação judicial interessa não apenas ao devedor, que deseja evitar a falência, mas também às partes com as quais a empresa está em dívida, já que é uma forma de garantir os interesses de todos graças à possibilidade de recuperação dos créditos e da manutenção dos empregos.

E não pense que trata-se de algo distante, direcionado apenas a grandes organizações. Empresas que estão enfrentando questões como estado de insolvência já instalado ou próximo, desordem administrativo-financeira, funcionários desmotivados, problemas tributários e fiscais e incapacidade de gerar valor precisam ficar muito atentas e avaliar se um pedido de recuperação judicial é uma alternativa capaz de colocar o empreendimento no rumo certo.

Como funciona a recuperação judicial

O plano de recuperação judicial é uma proposta feita pelo gestor à Justiça. Vale dizer que essa ação não se limita apenas a uma solicitação de refinanciamento de dívidas ou a um adiamento de quebra da empresa. É necessário que esse plano conte com uma análise aprofundada do negócio, em que seja possível identificar seus principais obstáculos e desafios, além de sugestões plausíveis para contorná-los, tornando possível a retomada dos lucros.

O pedido apresentado à Justiça deve abordar de forma detalhada como o empresário pretende recuperar a saúde financeira de seu negócio. Por meio de laudos apresentados e assinados por especialistas, a proposta precisa demonstrar que a recuperação da empresa, segundo o plano, é economicamente viável.

Ao elaborar um plano de recuperação judicial, primeiro é feito um diagnóstico baseado na contabilidade real da empresa. Esse estudo deve analisar seus enquadramentos tributários e contábeis, os recursos humanos, o fluxo de caixa e a estrutura de produção, entre outros detalhes, para saber quais são os ajustes e correções necessários.

Após essa ação, deve ser elaborado um laudo de viabilidade econômica, a fim de projetar as margens de lucro e de faturamento para o caso de o plano ser implementado. Somado a isso, a proposta de recuperação judicial tem que respeitar os limites máximos para quitar dívidas de natureza trabalhista, que é de 30 dias para o pagamento de créditos salariais de até cinco salários mínimos por trabalhador e de um ano para as demais dívidas dessa natureza.

Como evitar a recuperação judicial

A recuperação judicial, a princípio, parece uma boa solução para as empresas que enfrentam alguma crise. De fato é. Porém, apesar de ter seus benefícios, também pode acarretar uma série de traumas e ter um efeito contrário do que era esperado no início do processo. Infelizmente, uma parcela muito pequena dos negócios realmente se recupera.

Por isso, melhor do que recorrer a ela é evitá-la. E isso pode ser feito principalmente com a adoção de medidas preventivas, capazes de resguardar o fluxo de caixa, o planejamento e a capacidade de gerar bons resultados. Nesse sentido, uma boa contabilidade é fundamental, afinal, ela é base para que uma empresa funcione bem.

Inclusive, já falamos aqui no blog sobre o papel estratégico da contabilidade, que cabe muito bem repetirmos: por meio dela, é possível usar as informações básicas fornecidas pela contabilidade gerencial, como estrutura de custos, cálculo de impostos e cumprimento de regulamentações, para executar ações mais estratégicas e inteligentes, como o planejamento de táticas e operações futuras, a adequação no uso dos recursos e avaliação do desempenho. Quer dizer, tarefas essenciais para quem busca a sustentabilidade do negócio e quer evitar, claro, chegar ao ponto de pedir recuperação judicial.

Se o seu empreendimento estiver passando por dificuldades ou se você quiser deixar tudo em dia para não passar apertos, conte com a Kontisa para encontrar a melhor saída! Caso tenha alguma dúvida ou precise de mais informações, deixe um comentário no espaço abaixo.